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Os Países que Mais Valorizam os Chefs de Gastronomia — E o Que o Brasil Ainda Precisa Cozinhar?

Em todo o mundo, chefs de cozinha são muito mais que profissionais que preparam alimentos. Em países como França, Japão e Itália, eles são considerados verdadeiros embaixadores da cultura nacional, artistas do sabor e defensores das tradições locais.


Na França, por exemplo, a gastronomia é um símbolo de orgulho nacional. Lá, chefs são celebridades culturais — respeitados como artistas e empreendedores. O país leva tão a sério sua cozinha que ela foi reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Imaterial da Humanidade. O chef francês é visto como um mestre da técnica, da inovação e da elegância à mesa.


No Japão, o prestígio é ainda mais profundo. Tornar-se um verdadeiro itamae (chef de sushi) pode levar décadas. Os japoneses tratam a comida como arte espiritual — cada corte, cor e composição tem um significado. O respeito ao alimento, à tradição e ao cliente é a base dessa reverência.


Já a Itália valoriza seus chefs como herdeiros da tradição familiar. Muitos restaurantes de prestígio são geridos por famílias há gerações, onde a figura do chef é sinônimo de afeto, simplicidade e sabor de casa. A culinária é uma expressão da alma italiana — e quem cozinha, merece reverência.


E o Brasil? Apesar de termos uma das cozinhas mais ricas e diversas do planeta, o reconhecimento social, midiático e institucional ainda é tímido. Profissionais incríveis surgem em todas as regiões, mas enfrentam desafios como falta de políticas públicas de valorização, formação técnica acessível e, muitas vezes, desvalorização salarial.

Felizmente, uma nova geração de chefs brasileiros vem mudando esse cenário. Eles têm explorado ingredientes nativos, recriado receitas tradicionais e mostrado ao mundo que a culinária brasileira tem identidade e profundidade.



A pergunta que fica é: estamos prontos para ver nossos chefs como artistas, empreendedores e agentes culturais?

A resposta está no prato — e na consciência.

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